A corvina é um peixe muito popular e pode ser considerado um dos grandes troféus da pesca de praia no Brasil. Podemos praticar essa pescaria durante todo o ano e não é raro a ocorrência de exemplares acima dos dois quilos. Sua popularidade vem do fato de ser um peixe muito saboroso o que acabou lhe tornando um grande alvo da pesca comercial, que minimiza cada vez mais o estoque deste peixe. Confira dicas de pesca e conheça mais sobre essa espécie que briga muito e não se entrega fácil.
Peixe de escamas da família Sciaenidae, a Corvina (Micropogonias furnieri) apresenta o corpo alto, ligeiramente comprimido, com formato convexo na região dorsal e retilíneo no abdômen. A cabeça é grande e tem focinho pronunciado, ocupando de 1/4 a 1/3 do comprimento total do corpo. Pré-opérculo fortemente serrilhado, a boca voltada para baixo e possui alguns pares de pequenos barbilhões na mandíbula, usados para localizar alguns tipos de presa que se enterram no substrato. A coloração é prata claro com reflexos arroxeados. Pode apresentar listras longitudinais pretas ao longo do corpo, especialmente nos indivíduos jovens. A nadadeira caudal possui um formato truncado. Atinge comprimento total de até 80 centímetros e peso entre 5 e 6 quilos.
Espécie costeira, vive nos fundos arenosos ou barrentos, de preferência em profundidades de até 100m. Os jovens e alguns adultos freqüentam os manguezais e estuários, onde se alimentam principalmente de crustáceos, não desprezando os peixes pequenos, caranguejos, siris e mariscos. Também pode entrar na água doce. Os maiores exemplares raramente se aproximam da orla e só o fazem nas áreas que apresentam maior profundidade. Forma cardumes pequenos e é uma espécie comercial muito importante e apreciada pelos pescadores amadores.
Uma característica interessante é que, após atingir cerca de 4 a 5 anos, a corvina morre. É como se tivesse um “prazo de validade”, como acontece com alguns tipos de salmão.
A incidência da Corvina é maior nas Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul). Principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
O equipamento mais indicado é o de varas de ação leve e média. Linhas de 10 a 20 libras, anzóis de nº 1/0 a 4/0. O chumbo oliva é muito empregado na pesca de canal e nos manguezais. Não é necessário o uso de empates (a não ser que o local esteja repleto de baiacus).
Em sua captura é empregado preferêncialmente iscas naturais, especialmente camarão vivo ou morto, tatuí, pedaços de moluscos, caranguejo e minhoca, nos manguezais. Hoje em dia se consegue ferrar corvinas com iscas artificiais como metais jigs de 15 a 25 gramas e até 7 cm.
Dicas de Pesca
A Corvina costuma freqüentar certas regiões conhecidas dos pescadores. Como são peixes “gulosos”, colocar bastante isca no anzol pode atrair as corvinas com mais facilidade. Opte pelas iscas de camarão e sardinha, que devem ser oferecidas com “generosidade”.
Os maiores indivíduos costumam ser pescados à noite em poços profundos. Como muitas vezes o cardume está no fundo, a fisgada tem que ser firme para o peixe não escapar.
Prefira a pesca embarcada ou de praia, sempre com o chumbo encostado no fundo. Na pesca de arremesso da praia, amarre bem a isca. As praias fundas, com águas escuras e um pouco frias são as ideais. A maior incidência de corvinas nas beiras de praia é durante o inverno.
É importante verificar as luas e marés do dia de pescaria. Em locais com muita correnteza, ou em dias de luas cheia e nova em baías e estuários, as corvinas comem melhor nos repontos das marés. Já nas luas minguante e crescente, com pouca influência de marés, há maiores chances de se pescar mais ao longo do dia. Marés muito paradas não são boas para esta espécie.
Sou iniciante na pesca da corvina. Gostaria de todo o tipo de informação da pesca da corvina e peixes em geral. ( pesca na beira das praias ).Obrigado.